Boa tarde pessoal!!!
Sei que vocês devem achar um tanto quanto estranho várias postagens sobre um mesmo assunto... tudo muito parecido e por vezes chato...
Porém são as variadas visões sobre um mesmo assunto que podem nos possibilitar reflexões diferenciadas.
Somos três autoras num mesmo blog, inicialmente com a mesma finalidade: postar "exercícios" solicitados por nossa professora da disciplina de Informática: Daniela Araújo. ;p
Portanto espero que apreciem minha reflexão sobre trechos do livro "Cuidado, Escola!"
Procurei utilizar o que, para mim, foi mais representativo quanto ao tema de nosso blog.
CUIDADO, ESCOLA!
“O livro "Cuidado,
Escola!", lançado em 1980 pela editora brasiliense, 32º edição sob a
autoria da equipe componente do IDAC ( Instituto de Ação Cultural )Babette
Harper, Claudius Ceccon, Miguel Darcy de Oliveira e Rosiska Darcy de Oliveira,
apresentado pelo grande escritor pernambucano Paulo Freire, traz um estudo
crítico sobre a educação desde sua origem até sua sistematização com o surgimento
das instituições de ensino.” (para mais informações
clique aqui)
Muito
me chamou atenção a questão da diferenciação de educação das classes explicita
no livro, embora não seja o foco, mostra as divergências entre educação pública
e educação privada, onde os autores fazem referência à educação para formação
dos trabalhadores, pública, para a classe oprimida e dominada, e uma outra
educação encarregada de formar a classe dirigente, opressora e dominadora,
particular. Ou seja, a educação tal como àquela época, é mantenedora da distinção
entre classes.
Falando da Educação Infantil...
“Imediatamente
depois do Maternal, a criança de seis anos é “parafusada” numa cadeira dura
para estudar palavratório por horas e horas.” (HARPER et. al., 1987, p.47)
Este
trecho me chamou atenção, pois faz uma crítica à educação escolar depois da
educação infantil, que muito nos interessa, pois a criança de seis anos
inserida na escola de Ensino Funamental passa
a não ter mais o espaço-tempo do brincar que tinha na fase escolar anterior, já
que nesta fase deve aprender a ler e a escrever para posteriormente ser
escolarizada. A organização da sala que antes era com as mesas coletivas, passa
a ter uma ordenação enfileirada, onde a criança deve se sentar e olhar
diretamente para a professora, suas mestra, e não mais ter contato visual com
os colegas, também perde o espaço para explorar o ambiente, se mover e brincar
na sala de aula.
Em
outro trecho do mesmo parágrafo na página 47, os autores nos fazem remeter as
ideias de
Foucoult na obra
Vigiar e Punir (1987), onde o mesmo diz que as
intituições escolares objetivam disciplinar, docilizar e domesticar o ‘homem’,
vejamos:
“Trata-se de
domar. Domesticar essa maquina fantástica de desejos e prazeres que é a
criança.” (HARPER et. al., 1987, p.47)
Espero que tenham gostado da reflexão.
Beijinhos e até a próxima postagem!