terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Refletindo sobre o livro "Cuidado, Escola!"

Boa tarde pessoal!!!
Sei que vocês devem achar um tanto quanto estranho várias postagens sobre um mesmo assunto... tudo muito parecido e por vezes chato...
Porém são as variadas visões sobre um mesmo assunto que podem nos possibilitar reflexões diferenciadas.
Somos três autoras num mesmo blog, inicialmente com a mesma finalidade: postar "exercícios" solicitados por nossa professora da disciplina de Informática: Daniela Araújo. ;p
Portanto espero que apreciem minha reflexão sobre trechos do livro "Cuidado, Escola!"
Procurei utilizar o que, para mim, foi mais representativo quanto ao tema de nosso blog.

CUIDADO, ESCOLA!

“O livro "Cuidado, Escola!", lançado em 1980 pela editora brasiliense, 32º edição sob a autoria da equipe componente do IDAC ( Instituto de Ação Cultural )Babette Harper, Claudius Ceccon, Miguel Darcy de Oliveira e Rosiska Darcy de Oliveira, apresentado pelo grande escritor pernambucano Paulo Freire, traz um estudo crítico sobre a educação desde sua origem até sua sistematização com o surgimento das instituições de ensino.” (para mais informações clique aqui)
                Muito me chamou atenção a questão da diferenciação de educação das classes explicita no livro, embora não seja o foco, mostra as divergências entre educação pública e educação privada, onde os autores fazem referência à educação para formação dos trabalhadores, pública, para a classe oprimida e dominada, e uma outra educação encarregada de formar a classe dirigente, opressora e dominadora, particular. Ou seja, a educação tal como àquela época, é mantenedora da distinção entre classes.

Falando da Educação Infantil...

“Imediatamente depois do Maternal, a criança de seis anos é “parafusada” numa cadeira dura para estudar palavratório por horas e horas.” (HARPER et. al., 1987, p.47)
                Este trecho me chamou atenção, pois faz uma crítica à educação escolar depois da educação infantil, que muito nos interessa, pois a criança de seis anos inserida na escola  de Ensino Funamental passa a não ter mais o espaço-tempo do brincar que tinha na fase escolar anterior, já que nesta fase deve aprender a ler e a escrever para posteriormente ser escolarizada. A organização da sala que antes era com as mesas coletivas, passa a ter uma ordenação enfileirada, onde a criança deve se sentar e olhar diretamente para a professora, suas mestra, e não mais ter contato visual com os colegas, também perde o espaço para explorar o ambiente, se mover e brincar na sala de aula.

                Em outro trecho do mesmo parágrafo na página 47, os autores nos fazem remeter as ideias de Foucoult na obra Vigiar e Punir (1987), onde o mesmo diz que as intituições escolares objetivam disciplinar, docilizar e domesticar o ‘homem’, vejamos: “Trata-se de domar. Domesticar essa maquina fantástica de desejos e prazeres que é a criança.” (HARPER et. al., 1987, p.47)

Espero que tenham gostado da reflexão.
Beijinhos e até a próxima postagem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário